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Aqui no nosso blog, buscamos inspirar solidariedade e ajudar a transformar vidas, trazendo conteúdos e dicas relevantes sobre as causas que apoiamos.

  • Foto do escritor: Luis Cavalcante
    Luis Cavalcante
  • 19 de mar. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 20 de mar. de 2023

29/01/2015

Repare. Em algum lugar, de alguma sorte, alguém está fazendo uma coisa boa por nós. Talvez você nem note. Mas tem alguém compensando nossa truculência, atenuando a dureza do mundo, nivelando a vida por cima. Tem alguém levando à frente a compaixão divina num gesto de bondade simples, à toa. Alguém de coração disposto e mãos ativas. Tem, sim. Em algum lugar por aí, tem alguém pensando em você com ternura.


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Foto: Igreja da Misericórdia no Alto da Sé em Olinda

De repente, vem um sentimento breve de calma. Um silêncio bom entre tanto grito, um remanso imprevisto no corre-corre, estio na tempestade, trégua na guerra. Sensação inesperada e inexplicável de que tudo vai dar certo. Não é nada, não. É só alguém, em algum canto, fazendo algo bonito por nós.

A avó que recorda com grande saudade quando éramos pequenos. Os pais que falam de nós com carinho até aos desconhecidos. Os velhos professores que nos comparam em silêncio a seus alunos de hoje, quase dizendo “ahh… como fulano era bom” ou “no tempo do sicrano era outra coisa”.

O amigo distante que assiste a um filme antigo e nos relembra em dolorida mudez, machucado de lembranças do tempo em que éramos novos e próximos, um sorriso imenso nos olhos de choro. As almas boas que nos bendizem pelas costas. As criaturas justas que nos dão sua palavra e cumprem o que prometem, os cães e os gatos que nos oferecem a barriga em festa. Aquela gente que nos ama sem mais o quê.

Quando alguém nos faz uma coisa bela, o mundo entra nos eixos. Temos todos o direito a receber afagos e o dever de redistribuí-los. De atravessar o mundo partilhando beleza e ofertando decência até chegar enfim aos braços que nos cabem e ao abraço em que cabemos.

A beleza é a matéria-prima de todo ofício honesto. É o que nos resta e o que nos sobra. Às cantoras e aos cantores, às atrizes e aos atores e artistas de todo gênero, alguém no escuro da plateia dispara seu aplauso comovido de fé e alegria sem ser visto, e comprova o quanto é bonito retribuir a quem nos dá seja lá o quê.


Aos operários e aos médicos, guardas noturnos e secretárias, pintores e cozinheiras, juízes e manobristas, marceneiros e esportistas e a toda gente sob o céu há de existir gratidão e conforto antes, durante e depois da lida.

Há de haver beleza em cada “obrigado”, “por favor”, “pois não” e outras gentilezas essenciais esperando quem os diga.

E quem os diz é alguém fazendo algo bonito pela mera volúpia bondosa de nos abrir os braços. Nos pontos de ônibus, no trânsito parado, nas salas de espera ou na solidão do quarto escuro, aguardamos todos quem nos faça uma coisa bela. E assim, na espera, compreendemos enfim nossa responsabilidade de fazer e espalhar beleza, nosso mais poderoso e sublime ofício nessa vida.











 
 
 
  • Foto do escritor: Luis Cavalcante
    Luis Cavalcante
  • 26 de fev. de 2023
  • 4 min de leitura

Por Isaias Costa


É com grande alegria que compartilho um dos textos mais incríveis que eu já li para falar sobre a palavra beleza, tão distorcida por essa sociedade doente na qual estamos inseridos, que cultua o corpo em detrimento da alma e do espírito, que é onde se encontra a verdadeira beleza. Eu sempre achei que a beleza de uma pessoa está na sua alma e se reflete através de seus gestos e sentimentos.



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Eu conheço muitas pessoas belíssimas, de uma beleza celestial, e que se fossem apresentadas a marketeiros do universo da moda seriam tratadas como uma escória, destratadas e humilhadas. Pois suas belezas estão fora dos padrões de mercado. Neste mundo, só é bonito quem for magro, tiver um corpo atlético e ainda por cima, tiver uma conta bancária bem “gorda”. Eu penso muito diferente e quero lhe levar a refletir sobre isso hoje através das sábias e singelas palavras do grande Teólogo Leonardo Boff “A beleza salvará o mundo”: Dostoiewski nos ensina como- Por Leonardo Boff Dos gregos aprendemos e isso atravessou os séculos, que todo ser, por diferente que seja, possui três características transcendentais (estão sempre presentes pouco importa a situação, o lugar e o tempo): ele é o unum, o verum e o bonum, quer dizer ele goza de uma unidade interna que o mantem na existência, ele é verdadeiro, porque se mostra assim como de fato é e é bom porque desempenha bem o seu lugar junto aos demais ajudando-os a existirem e coexistirem.


Coube aos mestres franciscanos medievais, como Alexandre de Hales e especialmente São Boaventura que, prolongando uma tradição vinda de Dionísio Aeropagita e de Santo Agotinho, acrescentarem ao ser mais uma característica transcendental: o pulchrum vale dizer, o belo. Baseados, seguramente na experiência pessoal de São Francisco que era um poeta e um esteta de excepcional qualidade, que “no belo das criaturas via o Belíssimo,” enriqueceram nossa compreensão do ser com a dimensão da beleza. Todos os seres, mesmo aqueles que nos parecem hediondos, se os olharmos com afeição, nos detalhes e no todo, apresentam, cada um a seu modo, uma beleza singular na maneira como neles tudo vem articulado com um equilíbrio e harmonia surpreendentes.

Um dos grandes apreciadores da beleza foi Fiodor Dostoiewski. A beleza era tão central em sua vida, conta-nos Anselm Grün, monge beneditino e grande espiritualista, em seu último livro “Beleza: uma nova espiritualidade da alegria de viver”(Vier Türme Verlag 2014) que o grande romancista russo deslocava-se pelo menos uma vez ao ano até Dresde, na Alemanha, só para contemplar na capela a formosa Madona Sixtina de Rafael. Permanecia longo tempo em contemplação diante daquela esplêndida figura. Tal fato é surpreendente, pois seus romances penetraram nas zonas mais obscuras e até perversas da alma humana. Mas o que o movia, na verdade, era a busca da beleza pois nos legou a famosa frase: ”A beleza salvará o mundo” dita no livro O Idiota.

No romance Os irmãos Karamazov aprofunda a questão. Um ateu Ipolit pergunta ao príncipe Mynski como “a beleza salvaria o mundo”?

O príncipe nada diz mas vai junto a um jovem de 18 anos que agonizava. Aí fica cheio de compaixão e amor até ele morrer. Com isso nos quis dizer: beleza é o que nos leva ao amor condividido com a dor; o mundo será salvo hoje e sempre enquanto houver essa atitude.


Para Dostoiewski a contemplação da Madona de Rafael era a sua terapia pessoal, pois sem ela desesperaria dos homens e de si mesmo, diante de tantos problemas que vivia. Em seus escritos descreveu pessoas más e destrutivas e outras que mergulhavam nos abismos do desespero. Mas seu olhar, que rimava amor com dor compartida, conseguia ver beleza na alma dos mais perversos personagens. Para ele, o contrário do belo não era o feio mas o espírito utilitarista e o uso dos outros, roubando-lhe assim a dignidade.


“Seguramente não podemos viver sem pão,mas também é impossível existir sem beleza”repetia. Beleza é mais que estética; possui uma dimensão ética e religiosa. Ele via em Jesus um semeador de beleza. “Ele foi um exemplo de beleza e a implantou na alma das pessoas para que através da beleza todos se fizessem irmãos entre si”. Ele não se refere ao amor ao próximo; a contrário: é a beleza que suscita o amor e nos faz ver no outro um próximo a amar.


A nossa cultura dominada pelo marketing vê a beleza como uma construção do corpo e não da totalidade da pessoa. Então surgem métodos e mais métodos de plásticas e botoxs para tornarem as pessoas mais “belas”. Por ser construída, é uma beleza sem alma. E se repararmos bem, nesta estética fabricada, emergem pessoas com uma beleza fria e com uma aura de artificialidade, incapaz de irradiar. Daí irrompe a vaidade, não o amor, pois a beleza tem a ver com amor e a comunicação. Dostoiewski observa, nos Irmãos Karamazov, que um rosto é belo quando você percebe que nele litigam Deus e o Diabo entorno do bem e do mal. Quando percebe que o bem venceu, irrompe a beleza expressiva, suave, natural e irradiante. Qual beleza é maior? A do rosto frio de uma top-model ou a do rosto enrugado e cheio de irradiação da Irmã Dulce de Salvador, Bahia, ou a da Madre Tereza de Calcutá? A beleza, característica transcendental, se revela como irradiação do ser. Nas duas Irmãs, a irradiação é manifesta, na top-model existe mas é esmaecida.


O Papa Francisco conferiu especial importância na transmissão da fé cristã à via pulchritudinis (a via da beleza). Não basta que a mensagem seja boa e justa. Ela tem que ser bela, pois só assim chega ao coração das pessoas e suscita o amor que atrái ( Exortação A alegria do Evangelho, n 167). A Igreja não visa o proselitismo mas a atração que vem do amor e da beleza da mensagem que causa fascínio e produz esplendor.


A beleza é um valor em si mesmo. É gratuita e sem interesse. É como a flor que floresce por florescer pouco importa se a olham ou não, como diz o místico Angelus Silesius. Quem não se deixa fascinar por uma flor que sorri gratuitamente ao universo?

Assim devemos viver a beleza no meio de um mundo de interesses, trocas e mercadorias. Então ela realiza sua origem sânscrita Bet-El-Za que quer dizer: ”o lugar onde Deus brilha”.

Brilha por tudo e nos faz também brilhar pelo belo que se irradia de nós.)












 
 
 
  • Foto do escritor: Luis Cavalcante
    Luis Cavalcante
  • 7 de fev. de 2023
  • 2 min de leitura

Eu já… Uma vez vi Deus a pairar sobre a Terra, selecionando o seu instrumento de propagação com grande carinho (…). Enquanto observava, instruía os seus Anjos a tomarem nota num grande livro:

– Para a Beth, um menino. Anjo da Guarda, Matheus.

– Para a Miriam, uma menina. Anjo da Guarda, Cecília.

– Para a Regina, gêmeos. Anjo da Guarda Geraldo, ele já está habituado. Finalmente, Ele passa um nome para o Anjo, sorri e diz:

– Dê a esta mãe uma criança deficiente. O Anjo, cheio de curiosidade, pergunta:

– Porquê ela, Senhor? Ela é tão alegre!

– Exatamente por isso, diz Ele. Como poderia eu dar uma criança a uma mãe que não sabe o valor de um sorriso? Seria cruel…

– Mas será que ela vai ter paciência?

– Eu não quero que ela tenha muita paciência – disse Deus – porque aí ela irá afogar-se no mar da autopiedade e desespero. Logo que o choque e o ressentimento passem, ela saberá como conduzir a situação. Eu hoje estive a observá-la. Ela tem aquele forte sentimento de independência. O Anjo retorquiu:

– Mas ela terá que ensinar a criança a viver no seu mundo e não será fácil. Além do mais, Senhor, acho que ela nem acredita na Sua existência. Deus sorri, e diz:

– Não tem importância. Eu posso dar um “toque” nisso. Ela é perfeita. Possui o egoísmo no ponto certo. O Anjo engasgou-se:

– Egoísmo? E isso é, por acaso, virtude? Deus, acenou que sim e acrescentou:

– Se ela não conseguir separar-se da criança de vez em quando, ela não sobreviverá. Sim, esta é uma mulher que abençoarei com uma criança menos perfeita. Ela ainda não faz idéia, mas será, também, muito invejada. Ela nunca irá admitir uma palavra não dita, nunca considerará um passo como uma coisa comum. Quando a sua criança disser “mãe” pela primeira vez, ela pressentirá que está a presenciar um milagre. Quando ela descrever uma árvore com um pôr-do-sol para o seu filho cego, ela verá como poucos já conseguiram ver a minha obra. Eu permitir-lhe-ei ver claramente coisas como ignorância, crueldade, preconceito e ajudarei-a sempre a superar tudo. Eu estarei a seu lado a cada minuto da sua vida, porque ela vai estar a trabalhar comigo.

– Bom – disse o Anjo – e quem o Senhor está a pensar mandar como Anjo da Guarda? Deus, sorriu e disse:

–Dê-lhe um espelho. É o suficiente.”


(Autor desconhecido)








 
 
 
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