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Aqui no nosso blog, buscamos inspirar solidariedade e ajudar a transformar vidas, trazendo conteúdos e dicas relevantes sobre as causas que apoiamos.

  • Foto do escritor: Luis Cavalcante
    Luis Cavalcante
  • 25 de jul. de 2019
  • 5 min de leitura

Atualizado: 17 de abr. de 2022

Já te disse que solidariedade é um sentimento ? É esse o sentimento que nos torna mais humanos ?


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“Se te perguntarem quem era essa que às areias e aos gelos quis ensinar a primavera...”: é assim que Cecília Meireles inicia um de seus poemas. Ensinar primavera às areias e aos gelos é coisa difícil. Gelos e areias nada sabem sobre primaveras.., Pois eu desejaria saber ensinar a solidariedade a quem nada sabe sobre ela. O mundo seria melhor. Mas como ensiná-la?


Seria possível ensinar a beleza de uma sonata de Mozart a um surdo? Como, se ele não ouve? E poderei ensinar a beleza das telas de Monet a um cego? De que pedagogia irei me valer para comunicar cores e formas a quem não vê? Há coisas que não podem ser ensinadas. Há coisas que estão além das palavras. Os cientistas, os filósofos e os professores são aqueles que se dedicam a ensinar as coisas que podem ser ensinadas. Coisas que são ensinadas são aquelas que podem ser ditas. Sobre a solidariedade muitas coisas podem ser ditas. Por exemplo: eu acho possível desenvolver uma psicologia da solidariedade. Acho também possível desenvolver uma sociologia da solidariedade. E, filosoficamente, uma ética da solidariedade... Mas o saberes científicos e filosóficos da solidariedade não ensinam a solidariedade, da mesma forma como a crítica da música e da pintura não ensina às pessoas a beleza da música e da pintura. A solidariedade, como a beleza, é inefável – está além das palavras.


Palavras que ensinam são gaiolas para pássaros engaioláveis. Os saberes, todos eles, são pássaros engaiolados. Mas a solidariedade é um pássaro que não ser engaiolado. Ela não pode ser dita. A solidariedade pertence a uma classe de pássaros que só existem em vôo. Engaiolados, esses pássaros morrem.


A beleza é um desses pássaros. A beleza está além das palavras. Walt Whitman tinha a consciência disso quando disse: “Sermões e lógicas jamais convencem. O peso da noite cala bem mais fundo a alma...”. Ele conhecia os limites das suas próprias palavras. E Fernando Pessoa sabia que aquilo que o poeta quer comunicar não se encontra nas palavras que ele diz; antes, aparece nos espaços vazios que se abrem entre elas, as palavras. Nesse espaço vazio se ouve uma música. Mas essa música – de onde vem se ela se não foi o poeta que a tocou?


Não é possível fazer uma prova sobre a beleza porque ela não é um conhecimento. Tampouco é possível comandar a emoção diante da beleza. Somente atos podem ser comandados. “Ordinário! Marche!”, o sargento ordena. Os recrutas obedecem. Marcham. À ordem segue-se o ato. Mas sentimos que não podem ser comandados. Não poso ordenar que alguém sinta a beleza que estou sentindo.

O que pode ser ensinado são as coisas que moram no mundo de fora: astronomia, física, química, gramática, anatomia, números, letras, palavras.


Mas há coisas que não estão do lado de fora. Coisas que moram dentro do corpo. Estão enterradas na carne, como se fossem sementes à espera...


Sim, sim! Imagine isso: o corpo como um grande canteiro! Nele se encontram, adormecidas, em estado de latência, as mais variadas sementes – lembre-se da história da Bela Adormecida! Elas poderão acordar, brotar. Mas poderão também não brotar. Tudo depende... As sementes não brotarão se sobre elas houver uma pedra. E também pode acontecer que, depois de brotar, elas sejam arrancadas... De fato, muitas plantas precisam ser arrancadas, antes que cresçam. Nos jardins há pragas: tiriricas, picões...


Uma dessas sementes é a “solidariedade”. A solidariedade não é uma entidade do mundo de fora, ao lado de estrelas, pedras, mercadorias, dinheiro, contratos. Se ela fosse uma entidade do mundo de fora, poderia ser ensinada e produzida. A solidariedade é uma entidade do mundo interior. Solidariedade nem se ensina, nem se ordena, nem se produz. A solidariedade tem de brotar e crescer como uma semente...


Veja o ipê florido! Nasceu de uma semente. Depois de crescer não será necessária nenhuma técnica, nenhum estímulo, nenhum truque para que ele floresça. Angelus Silesius, místico antigo, tem um verso que diz: “A rosa não tem porquês. Ela floresce porque floresce”. O ipê floresce porque floresce. Seu florescer é um simples transbordar natural da sua verdade.


A solidariedade é como um ipê: nasce e floresce. Mas não em decorrência de mandamentos éticos ou religiosos. Não se pode ordenar: “Seja solidário!”. A solidariedade acontece como um simples transbordamento: as fontes transbordam... Da mesma forma como o poema é um transbordamento da alma do poeta e a canção, um transbordamento da alma do compositor...


Já disse que solidariedade é um sentimento. É esse o sentimento que nos torna mais humanos. É um sentimento estranho, que perturba nossos próprios sentimentos. A solidariedade me faz sentir sentimentos que não são meus, que são de um outro. Acontece assim: eu vejo uma criança vendendo balas num semáforo. Ela me pede que eu compre um pacotinho de suas balas. Eu e a criança – dois corpos separados e distintos. Mas, ao olhar para ela, estremeço: algo em mim me faz imaginar aquilo que ela está sentindo. E então, por uma magia inexplicável esse sentimento imaginado se aloja junto aos meus próprios sentimentos. Na verdade, desaloja meus sentimentos, pois eu vinha, no meu carro, com sentimentos leves e alegres, e agora esse novo sentimento se coloca no lugar deles. O que sinto não são meus sentimentos. Foram-se a leveza e a alegria que me faziam cantar. Agora, são os sentimentos daquele menino que estão dentro de mim. Meu corpo sofre uma transformação: ele não é mais limitado pela pele que o cobre. Expande-se. Ele está agora ligado a um outro corpo que passa a ser parte dele mesmo. Isso não acontece nem por decisão racional, nem por convicção religiosa, nem por mandamento ético. É o jeito natural de ser do meu próprio corpo, movido pela solidariedade. Acho que esse é o sentido do dito de Jesus de que temos de amar o próximo como amamos a nós mesmos. A solidariedade é uma forma visível do amor. Pela magia do sentimento de solidariedade, meu corpo passa a ser morada de outro. É assim que acontece a bondade.


Mas fica pendente a pergunta inicial: como ensinar primavera a gelos e areias? Para isso as palavras do conhecimento são inúteis. Seria necessário fazer nascer ipês no meio dos gelos e das areias! E eu só conheço uma palavra que tem esse poder: a palavra dos poetas. Ensinar solidariedade? Que se façam ouvir as palavras dos poetas nas igrejas, nas escolas, nas empresas, nas casas, na televisão, nos bares, nas reuniões políticas, e, principalmente, na solidão...


“O menino me olhou com olhos suplicantes.

E, de repente, eu era um menino que olhava com olhos suplicantes...”.


Rubem Alves (1933-2014)


 
 
 
  • Foto do escritor: Luis Cavalcante
    Luis Cavalcante
  • 25 de jul. de 2018
  • 1 min de leitura


Desde que iniciei o meu trabalho de conscientização e motivação, tendo como foco o legado e exemplo de vida dos “grandes sonhadores”, tenho o hábito de realizar - juntamente com minhas orações diárias - uma pequena prece em homenagem a estas pessoas tão especiais e que eu gostaria de compartilhar com vocês.

Ela diz o seguinte: “Peço a Deus, em sua infinita bondade e compaixão, que eu tenha sempre em minha vida...

... a abnegação de Janusz Korczak;

... o altruísmo de Salvador Arena;

... o amor de Albert Schweitzer;

... a bondade de Mahatma Gandhi;

... a caridade de Chico Xavier;

... a cidadania de Betinho;

... a compaixão de Oskar Schindler;

... a coragem de Martin Luther King;

... o desprendimento de Bezerra de Menezes;

... a determinação de Ayrton Senna;

... a esperança de Zilda Arns;

... a ética de Manoel de Nóbrega;

... a fé de Madre Teresa;

... a fraternidade de Dom Hélder Câmara;

... a generosidade de Louis Braille;

... a humanidade de Francisco de Assis;

... a humildade de Albert Einstein;

... o idealismo de Helen Keller;

... a justiça de Mary Bethune;

... a misericórdia de Irmã Dulce;

... o otimismo de Charles Chaplin;

... a perseverança de Ludwig van Beethoven;

... a responsabilidade de Alexander Fleming;

... e a superação de Stephen Hawking.


Amém.”



Texto extraído do Livro de Alex Cardoso de Melo

ONG “Meu sonho não tem fim”

www.meusonhonaotemfim.org.br



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  • Foto do escritor: Luis Cavalcante
    Luis Cavalcante
  • 25 de jul. de 2017
  • 4 min de leitura

"Se a gente cresce com os golpes duros da vida,

também podemos crescer com os toques suaves na alma"

Cora Coralina


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Construa os 3 pilares e daí Voe Alto

Amor, Carreira e Fé. Tenho falando sobre estes assuntos por onde passo, afinal é onde vejo ser o grande entrave do voo. É como se houvesse uma âncora invisível que nos prende ao chão e às vezes, se não cuidamos, nos enterramos abaixo da superfície. Para voar precisamos ter equilíbrio e Amor, Carreira e Fé ou trazem ou tiram a nossa paz para Voarmos...

Explico quem não se encontra no Amor:

Fica por aí perambulando, vagando, caçando! Diria para os homens entenderem melhor, "Lobando" (em referência aos Lobos). Quem não achar seu Porto Seguro - seu parceiro(a), permanece inseguro e a caça.

Esse ciclo precisa fechar, encaixar e ter alguém para chamar de seu e que todos reconheçam João de Ana, Maria de Pedro. Tem que acontecer para alçar um belo voo.

Vários pares, vários nomes, vários números de telefone, vários gostos distraem ao ponto de não sabermos mais o que queremos. É o cardápio de um restaurante com centenas de pratos, você olha, olha e se pergunta e agora?? Sem falar que quanto mais velhos somos, mais seletivos nos tornamos, daí encontrar a Princesa ou Príncipe que encontramos nos filmes passa a ser o objetivo, mas eles estão apenas nos filmes. Pular de galho em galho é ação linda de ver os macacos fazendo no parque mas não ver gente fazendo. Legal não é mudar de parceiro e sim mudar a parceria mas com o mesmo parceiro.

Explico quem não se encontra na Carreira, na profissão, na missão.

É tão ruim a pergunta do Domingo: "Amanhã já é Segunda Feira né?" Nem sempre a profissão, a carreira está relacionada com satisfação. Para facilitar deixar te contar como foi e como tem sido comigo: Quando me meti no empreendedorismo social, 100% dos meus amigos disseram: está ficando maluco?? Você vai largar tua vida empresarial em ascensão para te meter numa loucura dessas?? Eu dizia: eu preciso ser feliz! Hoje meus amigos que me questionavam me perguntam: como faço pra fazer o mesmo? ;)

Não se trata de achar que a felicidade está no empreendedorismo social, nem de longe. São tantas batalhas, mas está no “eu” me encaixar nisso. Está cada vez mais escasso o médico com sede de salvar vidas, o advogado com sede de justiça e daí pela falta do propósito, tudo perde o sentido. É possível desde um porteiro do prédio até um alto executivo perceber propósito no que eles fazem? Se isso não acontecer é impossível voar um belo voo, faltará uma asa!!

Explico quem não se encontra na Fé:

Sobre Fé, é importante explicar que não estou falando sobre religião e sim sobre espiritualidade. Também, que não estou falando de uma espiritualidade específica, mas aquela que te alcançou ou vai te alcançar. Tenho a minha, nossa família se encaixou, se encontrou no cristianismo, mas não posso deixar de relatar que muitos amigos nossos não são cristãos e percebo ao longo da caminhada que são saudáveis e que sua crença traz esperança e vida. Quando falo que a Fé (ter uma espiritualidade que te acolha) colabora com um belo voo, está relacionado ao como enxergamos o futuro, como nos preparamos para os dias difíceis e claro que eles vão chegar. No que vamos nos agarrar? O sentimento de estar sendo cuidado por algo, alguém maior do que o que nossos olhos enxergam é único e inexplicável. A vida sem a Fé, sem o transcender é uma vida sem esperança no amanhã, afinal o hoje é o todo e não parte do todo.

Falando sobre mim ainda, quando percebi que a espiritualidade de Jesus de Nazaré me visitou e encontrou morada no meu coração os outros dois pilares: o Amor e o propósito, ganharam outro nível de importância.

Para voar um belo voo precisamos nos conectar ao sagrado. Isso ocorrendo, o nosso olhar será o de ver esperança no caos, não encontrando, não nos conectando, vamos ter o olhar e a mente de ver o caos na esperança.

A reflexão então é: Quer voar os voos mais altos?

Amor + Propósito + Fé.

O resto até ajuda, mas é periférico e não preponderante para o seu voo.

Mais perto dos 40 anos que é para onde estou indo, gostaria de te fazer refletir sobre mais uma coisa: Largue parte da bagagem! Pode ser que o que está causando prazer seja um peso para o seu voo e se apegue ao Amor (a um único), ao propósito (mas encontre sentido nele) e a Fé (largue a religiosidade e se aproxime da espiritualidade deixando o sagrado te visitar) daí o seu Voo além de ser alto será divertido e feliz e eu daqui já imagino o seu lindo sorriso e brilhante olhar.

Voa! Vá ser feliz meu amigo (a) é isso que vale a pena! Que o Bem te visite neste artigo.

Texto escrito por Fabinho / Fabio Silva que peguei no seu FACEBOOK



 
 
 
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