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Aqui no nosso blog, buscamos inspirar solidariedade e ajudar a transformar vidas, trazendo conteúdos e dicas relevantes sobre as causas que apoiamos.

  • Foto do escritor: Luis Cavalcante
    Luis Cavalcante
  • 30 de nov. de 2022
  • 2 min de leitura

Caro Mundo,

Meu filho começou hoje na escola. Durante algum tempo, tudo será estranho e diferente para ele. Eu gostaria que você o tratasse com carinho.

Até aqui, sempre estive ao lado dele. Aquieto seu coração. Curo suas feridas. Estou por perto quando ele cai, rala o joelho ou tropeça. Mas agora tudo será diferente. Ele sairá pela porta, acenará para mim e começará sua grande aventura. Ele irá aprender sobre disputas e sofrimento.

Para viver neste mundo é preciso fé, amor e coragem. Por isso, eu gostaria que você o pegasse pela mão e ensinasse o que ele precisa saber.

Ensine-o, mas com carinho. Ensine-o que, para cada malandro, existe também um herói. E que, em verdade, há muito mais heróis do que malandros.

Heróis anônimos que realizam grandes proezas todos os dias. Fale-lhe muito mais dos heróis. Incentive-o a se tornar um deles.

Ensine-o que para cada político corrupto existe um líder dedicado. E narre-lhe detalhes das vidas desses líderes para que os possa imitar.

Ensine-o que para todo inimigo existe também um amigo. Diga-lhe como conquistar e conservar amigos.

Ensine-o sobre as maravilhas dos livros de ciência, arte e grandeza.

Dê a ele um momento de silêncio para que possa ponderar sobre o mistério dos pássaros no céu, das abelhas ao sol e das flores nas campinas.

Ensine-o que é muito mais digno fracassar do que trapacear.

Ensine-o a ter fé nas próprias ideias, mesmo quando todo mundo lhe disser que ele está errado.

Ensine-o que seu coração e sua alma nunca devem estar à venda.

Ensine-o a fechar os ouvidos para o clamor da multidão... E manter-se firme e disposto a lutar quando achar que está certo.

Ensine-o com carinho, mas não o mime, pois é o teste do fogo que produz o aço mais resistente.

Mundo, veja o que pode fazer por meu filho. Ele é alguém especial.


“O que somos é o presente de Deus para nós.

O que nos tornamos é o nosso presente para Deus.”

Alex Cardoso de Melo



 
 
 
  • Foto do escritor: Luis Cavalcante
    Luis Cavalcante
  • 25 de nov. de 2022
  • 3 min de leitura

Ele quase não viu a senhora, com o carro parado no acostamento. Chovia forte e já era noite. Mas percebeu que ela precisava de ajuda. Assim parou seu carro e se aproximou. O carro dela cheirava a tinta, de tão novinho. Mesmo com o sorriso que ele estampava na face, ela ficou preocupada. Ninguém tinha parado para ajudar durante a última hora. Ele iria aprontar alguma?

Ele não parecia seguro, parecia pobre e faminto.

Ele pode ver que ela estava com muito medo e disse: – Eu estou aqui para ajudar madame, não se preocupe. Por que não espera no carro onde está quentinho? A propósito, meu nome é Rodrigo.

Bem, tudo que ela tinha era um pneu furado, mas, para uma senhora de idade avançada era ruim o bastante. Rodrigo abaixou-se, colocou o macaco e levantou o carro. Ele já estava trocando o pneu. Mas, ficou um tanto sujo e ainda feriu uma das mãos. Enquanto apertava as porcas da roda ela abriu a janela e começou a conversar com ele.

Contou que era de São Paulo e que só estava de passagem por ali e que não sabia como agradecer pela preciosa ajuda. Rodrigo apenas sorriu enquanto se levantava.

Ela perguntou quanto devia. Qualquer quantia teria sido muito pouco para ela. Já tinha imaginado todos as terríveis coisas que poderiam ter acontecido, se Rodrigo não tivesse parado e ajudado.

Rodrigo não pensava em dinheiro, aquilo não era um trabalho para ele. Gostava de ajudar quando alguém tinha necessidade e Deus já lhe havia ajudado bastante. Este era seu modo de viver e nunca lhe ocorreu agir de outro modo. E respondeu: – Se realmente quiser me pagar, da próxima vez que a senhora encontrar alguém que precise de ajuda, dê para aquela pessoa a ajuda de que ela precisar. E acrescentou: e lembre-se de mim.

Esperou até que ela saísse com o carro e também se foi. Tinha sido um dia frio e deprimente, mas, ele se sentia bem, indo para casa, desaparecendo no crepúsculo. Alguns quilômetros abaixo, a senhora parou seu carro num pequeno restaurante e entrou para comer alguma coisa. Era um restaurante muito simples, e tudo ali era estranho para ela.

A garçonete veio até ela e trouxe-lhe uma toalha limpa para que pudesse esfregar e secar o cabelo molhado e lhe dirigiu um doce sorriso, um sorriso que mesmo os pés doendo por um dia inteiro de trabalho, não pode apagar.

A senhora notou que a garçonete estava com quase oito meses de gravidez, mas, ela não deixou a tensão e as dores mudarem a sua atitude. A senhora ficou curiosa em saber como alguém que tinha tão pouco, podia tratar tão bem a um estranho. Então, se lembrou de Rodrigo.

Depois que terminou a sua refeição, enquanto a garçonete buscava troco para a nota de cem reais, a senhora se retirou. Já tinha partido quando a garçonete voltou. Ela queria saber onde a senhora poderia ter ido, quando notou algo escrito no guardanapo, sob o qual tinha mais quatro notas de cem reais.

Existiam lágrimas em seus olhos quando leu o que a senhora escreveu. Dizia: – Você não me deve absolutamente nada, eu já tenho o bastante. Alguém me ajudou hoje e da mesma forma estou lhe ajudando. Se você realmente quiser me reembolsar por este dinheiro, não deixe este círculo de amor terminar com você, ajude alguém.

Bem, haviam mesas para limpar, açucareiros para encher, e pessoas para servir, e a garçonete voltou ao trabalho. Aquela noite, quando foi para casa cansada e deitou-se na cama, seu marido já estava dormindo e ela ficou pensando no dinheiro e naquilo que a senhora deixou escrito. Como pôde aquela senhora saber o quanto ela e o marido precisavam disto?

Com o bebê que estava para nascer no próximo mês, como estava difícil! Ficou pensando na bênção que havia recebido, deu um grande sorriso, agradeceu a Deus e virou-se para o preocupado marido que dormia ao lado, deu-lhe um beijo macio e sussurrou: – Tudo ficará bem; eu te amo Rodrigo!

A vida é assim, um espelho.

Tudo o que você transmite volta para você, e geralmente em dobro.


“Acreditamos que o criador nos fez ricos a todos, sem exceção, porque a riqueza autêntica, a nosso ver, procede do trabalho e todos nós de uma forma ou de outra, podemos trabalhar e servir.”

Chico Xavier








 
 
 
  • Foto do escritor: Luis Cavalcante
    Luis Cavalcante
  • 20 de nov. de 2022
  • 2 min de leitura

“A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar.”


“A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar”, disse Rubem Alves, sobre o endereço de onde nossa alma ficou e de onde ela não quer sair. É que a alma gosta mesmo é de aconchego, de coisas gostosas, de sensação boa. Ela tem o velho hábito de voltar aonde foi feliz, mesmo que isso tenha sido décadas atrás. A casa da alma é na saudade, onde o “para sempre” sempre encontra seu lugar.

A saudade às vezes é uma avó carinhosa: braços abertos, colo perfumado e macio. E lá a gente pode repousar, com pouca pressa e sorriso bonito, revivendo um pedacinho de história bom demais pra ser esquecido e deixado pra lá.


Saudade parece uma lamparina, que a gente acendeu para procurar uma felicidadezinha que ficou lá no canto, escondidinha, e que agora quer ver de novo, dar mais um abraço e sentir o conforto bom que só aquela memória sabe trazer.

A verdade é que tem coisa feita pra fazer falta. O olhar iluminado da pessoa amada, a primeira amizade de verdade, uma voz no pé do ouvido, algumas pessoas. Aliás, pessoas são nossos maiores motivos. Tem gente que dá uma saudade danada!

Outras vezes, a saudade parece uma dor bem fininha, que dói sem hora marcada e que às vezes dói até sem causa sensata. E ninguém sabe quando vai doer, mas que vai, vai sim. E quando doer, talvez você precise de algumas lágrimas, talvez de um cobertor e uma caneca de chá quentinho. Mas é coisa que logo passa, é coisa de saudade mesmo.


Ou não, talvez nem passe. Talvez ela seja eterna, amarrada no peito e bem presa, pra não correr o risco de ser esquecida. Às vezes ela é permanente, fazer o quê? Acontece também!

Algumas coisas constituem saudade imediata, coisa que o coração mal experimentou e já quer viver de volta. Que remédio poderia haver para essa saudade, não é?

Algumas coisas irão nos fazer falta a vida inteira: saudade das doces vantagens da infância, de quando as nuvens ainda pareciam algodão; saudade do tempo em que a gente ainda não tinha dado adeus pra nada, nem pra ninguém. Que tempo bom foi aquele!

É nesses dias de saudade apertada, que a alma faz suas malas e vai pra casa. Pra casa da saudade, sabe?

Porque é lá que a alma encontra sua verdadeira morada.


Ah, Rubem Alves também disse que aquilo que está escrito no coração não necessita de agendas porque a gente não esquece. O que a memória ama fica eterno.”

Parece mesmo que ele tinha razão.

Que agenda, que nada! Tem coisa que fica marcada.

Acho que é daí que vem a saudade, afinal.



In Memória do Meu Pai José Cavalcante

20/11/1922

19/08/1997


Fonte do Texto:

https://www.revistapazes.com/o-pai-por-rubem-alves/









 
 
 
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