O BARQUEIRO
- Luis Cavalcante
- 27 de mai. de 2022
- 1 min de leitura
Um viajante ia caminhando em solo distante, as margens de um grande lago de águas cristalinas. Seu destino era a outra margem. Ele suspirava profundamente e fixava seu olhar no horizonte, quando a voz de um homem coberto de idade, um barqueiro, quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo.
O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho. Logo seus olhos perceberam o que pareciam ser letras em cada remo.
Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, o viajante pôde observar que se tratava de duas palavras, num deles estava entalhada a palavra “acreditar” e no outro “agir”. Não podendo conter a curiosidade, o viajante perguntou as razões daqueles nomes originais dados aos remos.
O barqueiro respondeu pegando aquele seu primeiro remo chamado “acreditar” e remando com toda força, o barco então, começou a dar voltas sem sair do lugar em que estava. Em seguida, ele pegou o remo “agir” e remou com todo o seu vigor.
Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante. Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, remou com eles simultaneamente e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago chegando ao seu destino, a outra margem. Então o barqueiro disse ao viajante: – Esse porto se chama “auto-confiança”. Simultaneamente é preciso “acreditar” e também “agir” para que possamos alcançá-lo.
“É graça divina começar bem. Graça maior persistir na caminhada certa. Mas graça das graças é não desistir nunca.”
Dom Hélder Câmara
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