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O MENINO DE ROUPA VERMELHA

  • Foto do escritor: Luis Cavalcante
    Luis Cavalcante
  • 13 de mai. de 2022
  • 2 min de leitura



Aquele pequeno menino de olhos amendoados nasceu infectado com o vírus da AIDS, transmitido por sua mãe. Desde o início de sua vida dependeu de remédios para sobreviver. Aos cinco anos, sofreu um procedimento cirúrgico para colocar um cateter numa veia do seu tórax, a fim de que a medicação fosse injetada na corrente sangüínea.

O cateter se conectava a uma bomba que ele carregava numa mochila que levava nas costas. Algumas vezes, ele precisava também de oxigênio para ajudar na respiração. Mas nada disso o fazia abrir mão de um único minuto de sua infância. Mesmo com a mochila nas costas e arrastando o tanque de oxigênio em um carrinho, ele brincava e corria. Todos aqueles que o conheciam se maravilhavam com sua alegria e com a energia que essa alegria lhe dava. Sua mãe o adorava, mas freqüentemente reclamava da agitação do filho.

Dizia que ele era tão dinâmico que ela precisava vesti-lo de vermelho para poder localizá-lo, rapidamente, entre as crianças no pátio. O tempo passou e a doença venceu aquele pequeno dínamo. Ele e a mãe ficaram mal e foram hospitalizados.

Quando ficou claro que o fim de sua vida se aproximava, sua mãe conversou com ele sobre a morte. Ela disse, entre outras coisas, que ele ficasse calmo, pois brevemente os dois estariam juntos no céu.

Poucos dias antes de morrer, ele chamou o agente de saúde que o auxiliava em suas dificuldades e lhe pediu, quase em segredo: – Vou morrer logo, mas não estou com medo. Quando eu morrer, por favor, me ponha uma roupa vermelha.

Depois de uma pausa e ante o espanto de quem o ouvia, concluiu: – É que a mamãe prometeu me encontrar no céu. Como eu tenho certeza que vou estar brincando quando ela chegar lá, quero ter certeza de que ela poderá me achar.


“Deixo-vos o amor. Deixo-vos a esperança. Deixo-vos o desafio de desenvolver a confiança um no outro. Deixo-vos o respeito ao uso do poder. Deixo-vos a fé. Deixo-vos a dignidade e a tolerância.”

Mary Jane McLeod Bethune







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